segunda-feira, 5 de agosto de 2013
É bom envelhecer
Não é mau envelhecer, mas há uma coisa: mesmo envelhecendo, devemos continuar a ser crianças. Como diria alguém, há sempre uma criança dentro de nós, independentemente da nossa idade — e quando isso não acontece, é mau. É muito importante que, quando crianças, como em adultos, possamos viver uma vida feliz, mas infelizmente — bem o sabemos — isso não acontece com todas as pessoas: uns pela pobreza extrema, outros devido a guerras, e outros pelas duas razões, não são felizes em crianças nem quando adultos. A criança é feliz quando brinca, vive e cresce num meio social despreocupada, com suporte familiar que lhe proporciona essas pequenas/grandes coisas. O adulto que olha para as crianças despreocupadas e felizes, é também feliz, se pensar que está a ter um envelhecimento com qualidade, que não está dependente, que tem maturidade, raciocinios e independência económica. E tem uma certeza: teve a sorte de envelhecer, o que poderá não acontecer quando se é ainda criança ou jovem.
Mas há mais felizes e menos felizes: na passada semana ouvi a uma criança com cerca de 10 anos que só conseguiu adormecer quase às 7 da manhã. Sei que esta criança vive num quadro familiar em que não se sente feliz, e digo para comigo: isto não é nada bom, esta criança está a passar ao lado da vida.
Termino, dizendo que me sinto bem, a caminho dos 63; gosto de ter esta idade e sinto-me bem com ela. É bom chegar a esta fase da vida e ter autonomia e indepedência, viajar, conhecer o nosso país, conhecer outros países, povos e gentes, ler, ver cinema, teatro e futebol. Falar com os outros, trocar ideias, concordar, discordar, tenar entender o mundo que me rodeia. E não ter religião, sobretudo isso, não ter nem sentir falta de qualquer religião.
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