segunda-feira, 12 de agosto de 2013
Paulo Portas em 1993 - eu disse isso?
São conhecidas várias frases (mais ou menos) populares que nos dizem muita coisa, e uma delas é "em política nunca digas nunca", e outra é "nunca digas dessa água não beberei". Descobri hoje declarações de Paulo Portas feitas em 1993, num programa com Herman José, Zita Seabra e outros, em que diz "no dia em que um amigo meu chegar ao poder, eu passo-me para a oposição". Acontece que desde há anos Paulo Portas não só tem amigos no poder como o próprio também lá está.
Estas declarações poderiam ter sido evitadas? Claro que podiam. Paulo Portas, para ser coerente, poderia ter evitado ir para o poder? Claro que podia. Mas não fez nada disso, antes pelo contrário, disse e fez o que melhor lhe apeteceu em cada momento.
quarta-feira, 7 de agosto de 2013
Será que Paulo Portas vai cumprir o que diz?
No seguimento do pedido de demissão que o ministro das finanças Vítor Gaspar apresentou ao primeiro-ministro Passos Coelho, também Paulo Portas seguiu o mesmo caminho, embora com argumentos e motivos diferentes – o primeiro porque chegou à conclusão que as premissas tidas como correctas para ultrapassar a crise, estavam – afinal – todas erradas, e o segundo invocou “imperativos de consciência” para tomar a sua decisão “irrevogável”, acrescentando que tem sido ignorado por Passos Coelho.
Como hoje já se sabe, esta palavra - talvez de acordo com algum novo acordo ortográfico - passou a ter validade de cerca duas semanas, com ganho acrescentado de mais pastas no poder por parte do CDS/PP.
Paulo Portas tem em cima da mesa mais um teste à sua “palavra dada”, e que se relaciona com a penalização sobre o corte de 10% nas pensões da CGA. Ou seja, em Maio passado, o então ministro dos negócios estrangeiros, declarou que “esta é a fronteira que não posso deixar passar”.
Agora só resta esperar para ver se o teor dessas declarações são irrevogáveis, ou se têm o mesmo valor do que foi escrito no recente pedido de demissão.
Dinis Evangelista
segunda-feira, 5 de agosto de 2013
É bom envelhecer
Não é mau envelhecer, mas há uma coisa: mesmo envelhecendo, devemos continuar a ser crianças. Como diria alguém, há sempre uma criança dentro de nós, independentemente da nossa idade — e quando isso não acontece, é mau. É muito importante que, quando crianças, como em adultos, possamos viver uma vida feliz, mas infelizmente — bem o sabemos — isso não acontece com todas as pessoas: uns pela pobreza extrema, outros devido a guerras, e outros pelas duas razões, não são felizes em crianças nem quando adultos. A criança é feliz quando brinca, vive e cresce num meio social despreocupada, com suporte familiar que lhe proporciona essas pequenas/grandes coisas. O adulto que olha para as crianças despreocupadas e felizes, é também feliz, se pensar que está a ter um envelhecimento com qualidade, que não está dependente, que tem maturidade, raciocinios e independência económica. E tem uma certeza: teve a sorte de envelhecer, o que poderá não acontecer quando se é ainda criança ou jovem.
Mas há mais felizes e menos felizes: na passada semana ouvi a uma criança com cerca de 10 anos que só conseguiu adormecer quase às 7 da manhã. Sei que esta criança vive num quadro familiar em que não se sente feliz, e digo para comigo: isto não é nada bom, esta criança está a passar ao lado da vida.
Termino, dizendo que me sinto bem, a caminho dos 63; gosto de ter esta idade e sinto-me bem com ela. É bom chegar a esta fase da vida e ter autonomia e indepedência, viajar, conhecer o nosso país, conhecer outros países, povos e gentes, ler, ver cinema, teatro e futebol. Falar com os outros, trocar ideias, concordar, discordar, tenar entender o mundo que me rodeia. E não ter religião, sobretudo isso, não ter nem sentir falta de qualquer religião.
Subscrever:
Comentários (Atom)
