segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Uma sociedade desigual

Tenho alguma dificuldade em entender a lógica seguida por quem tem o poder de decidir neste país, quer seja na política, quer seja nas empresas.
Ao mesmo tempo que alguns gestores recebem prémios de desempenho, traduzidos em dezenas ou centenas de milhares de euros, para não dizer que em alguns casos, são milhões, há trabalhadores a quem são reduzidos os salários, e reformados a quem são também reduzidas as reformas.
A par de algumas famílias que estão a viver mal, privadas das coisas mais básicas e essenciais, há outras pessoas a viver bem, algumas não só por aquilo que ganham, como também por retirarem benefícios e privilégios, servindo-se do lugar que ocupam.
Curiosamente, algumas dessas pessoas são indiciadas e constituídas arguidas, chegam a ser exoneradas, e, dentro de algum tempo estão novamente em cargos de destaque.
Há casos em que algumas dessas pessoas saem das empresas com indemnizações de milhões de euros, e com direito a reformas chorudas.
Um ex-ministro defendia o envelhecimento activo, mas reformou-se aos 56 anos. Ou seja, envelhecimento activo para os outros, o que não foi levado em conta para o próprio.

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