quinta-feira, 25 de março de 2010

A Justiça no Futebol

Ao contrário do que foi inicialmente decidido pela justiça da Liga, as penas aplicadas pela Federação aos jogadores do Futebol Clube do Porto foram muito diferentes.
Independentemente dos critérios das entidades em causa, o que pretendo questionar é o seguinte: na Justiça, quando se recorre para instância superior, a pena não é imediatamente aplicada, fica suspensa até decisão dessa instância.
No caso do futebol não acontece assim, pelo que - neste caso - foram causados danos a uma equipa que se viu impossibilitada de utilizar jogadores por um período superior ao que acabou por ser decidido.
Não seria mais lógico que a pena fosse aplicada apenas depois da decisão da instância superior?

sexta-feira, 19 de março de 2010

Os bancos são nossos amigos

Recebi uma mensagem do banco onde tenho conta aberta. Claro que não era convite para almoçar nem para jantar. Nem tão pouco a informar que retomariam uma prática que havia antigamente: pagar juros dos depósitos à ordem. Não, nada disso. O teor da mensagem falava concretamente de que passariam a cobrar custos de manutenção para contas com saldo inferior a €3.000,00. Isso mesmo. Só posso concluir que os bancos são para pessoas endinheiradas, e não para as pessoas com poucos recursos e que - mesmo assim - preferem tê-los em segurança, em vez de os ter debaixo do colchão, como já aconteceu no tempo dos nossos antepassados.
Perante esta situação ocorre-me um slogan de tempos idos, mas ao contrário de então: "os pobres que paguem a crise."
O que é curioso é que ninguém diz nada: nem os clientes dos bancos nem os políticos.
Será que está tudo bem? Creio que não.

quarta-feira, 17 de março de 2010

Portugal: um país onde algo está mal

São tudo más notícias que nos chegam diariamente. Depois da garantia por parte do governo do não aumento dos impostos, afinal parece que não é bem assim, pois vamos pagar mais IRS.
Como se não bastasse, confrontamo-nos hoje, 4ª feira, com a notícia de mais um aumento dos combustíveis para níveis máximos, só comparáveis quando o barril de brent rodou os €145,00 (não obstante o barril estar neste momento a pouco mais de metade). Não se poderá invocar a perde do euro em relação ao dólar, dado que a oscilação não é significativa, direi até que tem sido favorável à nossa moeda.
Mas as más notícias não ficam por aqui: lê-se na imprensa diária que há gestores a ganhar num dia aquilo que a maioria dos portugueses não ganham num mês.
Direi mesmo que os titulares de cargos políticos (incluindo o presidente da Republica ou o primeiro-ministro) ficam inferiorizados com tamanha desproporção salarial, direi mesmo que os salários auferidos por estes gestores suscitam-me dúvidas quanto ao seu enquadramento legal, para não falar quanto à sua moralidade, num país em que muita gente passa fome e muitas privações, que não tem dinheiro para comprar os mínimos para manter a sua dignidade e da sua família, para não esquecer a quantidade de jovens licenciados e sem futuro à vista, não esquecendo a imoralidade dos recibos verdes e muitos casos de jovens que estão a trabalhar através de empresas de trabalho temporário, precisamente nas empresas onde estão estes mesmos gestores de sucesso e pagos a peso de ouro.
Algo está mal e terá de haver coragem para inverter estas situações, agora que são conhecidas.
Se o país está mal, deverá haver compreensão e solidariedade e não a situação agora descoberta em que uns comem tudo e outros passam todas as privações e misérias.