sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Passos Coelho - a gestão empresarial e gestão do país

O resultado das sondagens publicadas na edição de 29/10/2010 pelo DN, que dão conta da queda eleitoral do PS e apontam para a vitória do PSD nas próximas eleições, colocam uma questão sobre a qual não posso deixar de emitir a seguinte opinião: será que um governo liderado por Pedro Passos Coelho (PPC) vai levar o País por melhores caminhos do que os trilhados pelo governo liderado por José Sócrates?
O porquê desta questão prende-se com o facto de me surgirem dúvidas sobre se PPC terá experiência política para as funções de primeiro-ministro, ou mesmo em qualquer outra função governativa, em particular numa situação de crise em que o País se encontra - e com tendência para agravamento.
É que PPC, que me lembre, nunca exerceu funções governativas, nem sequer como secretário de Estado, tendo estado ausente da vida política nos últimos anos, em favor de opções empresariais.
E a pergunta a formular é esta, em relação à qual gostava de obter resposta: terá sido um empresário de sucesso? Se sim, porque trocou esta actividade pela vida política?
E se não teve sucesso na vida empresarial, onde a gestão das coisas não tem dimensão comparável à gestão de um País, será a pessoa mais acertada para gerir a crise em que estamos mergulhados?
O meu receio fundamenta-se no facto de eu, e aqueles como eu, poderemos vir a ser -ou continuarmos a ser - as vítimas das medidas a tomar noutra fase da crise em curso.

Cavaco Silva, o mar e a memória

A revista ÚNICA do passado sábado dedicava grande parte das suas páginas ao mar, incluindo um artigo do Presidente da República, Cavaco Silva.
Embora o artigo faça referência às potencialidades do mar, não aprofunda em concreto uma actividade específica, olvidando completamente o sector das pescas.
Este sector, que todos reconhecemos de grande importância para a economia portuguesa ao longo dos tempos, e que poderá ser fundamental para sairmos da crise em que estamos mergulhados, sofreu grande queda precisamente quando o actual Presidente da República era primeiro-ministro.
Não viria mal ao Mundo se isso fosse reconhecido no texto, pois só não erra quem não faz ou quem não decide, e como essa acusação persiste na sociedade portuguesa, poderia ser uma boa ocasião para o Sr. Presidente da República justificar a decisão então tomada.
A revista ÚNICA do passado sábado dedicava grande parte das suas páginas ao mar, incluindo um artigo do Presidente da República, Cavaco Silva.
Embora o artigo faça referência às potencialidades do mar, não aprofunda em concreto uma actividade específica, olvidando completamente o sector das pescas.
Este sector, que todos reconhecemos de grande importância para a economia portuguesa ao longo dos tempos, e que poderá ser fundamental para sairmos da crise em que estamos mergulhados, sofreu grande queda precisamente quando o actual Presidente da República era primeiro-ministro.
Não viria mal ao Mundo se isso fosse reconhecido no texto, pois só não erra quem não faz ou quem não decide, e como essa acusação persiste na sociedade portuguesa, poderia ser uma boa ocasião para o Sr. Presidente da República justificar a decisão então tomada.